NFT e a sua colaboração para a arte digital.

Não é novidade para nós da geração Z o tanto de novidades e benefícios que a tecnologia tem nos proporcionado. Desde o avanço da medicina à entrada dos robôs na indústria. E é na edição desta semana que iremos apresentar a vocês a NFT, uma tecnologia que tem gerado um grande impacto, principalmente aos artistas e as suas obras.

O que é a NFT?

A sigla NFT significa “non-fungible token” (“token não fungível”) e são classificados como tokens colecionáveis que carregam características únicas, ou seja, não podem ser alteradas, o que faciita na autenticidade das artes digitais.

Vamos dar uma viajada aqui e tentar ilustrar isso para que você entenda melhor. Michael Jackson tem como uma de suas vestimentas principais a luva, certo? Então vamos supor que a luva dele está pronto para ser leiloado. Mas o que me garante que a luva realmente pertence a ele? E que era um objeto de sua propriedade? Pois é exatamente nisso que o NFT trabalha. A autenticidade dos objetos, sejam eles fisicos ou digitais, trazendo uma identificação única e que não pode ser alterada.

O NFT no meio artístico

Todo artista quer que a sua arte seja valorizada e que o seu devido valor não seja falsificado. Para isso, existe a criptoarte, uma produção artística registrada através de um blockchain, aonde é possível registrar data, horário e local, dentre outras informações. O que fazia com que antes a arte não fosse valorizada, com o uso desta tecnologia, o modo de lidar com as “obras digitais” pode mudar.

Não é necessário a obrigatoriedade do registro de direito autoral, mas para que a sua arte não venha a sofrer plágio ou qualquer outro tipo de violação, este registro torna-se necessário para maior segurança, assegurando a anterioridade da obra, ou seja, quem criou primeiro.

E há diversas plataformas que você pode optar. Por exemplo, se for para fazer um registro autoral em blockchain para alguma música sua, uma boa escolha seria o MyWrites, fazendo o registro de suas composições eletronicamente em um livro de registro digital imutável e criptografado.

BEEP CRAP E O SEU IMPACTO COM A NFT

Michael Joseph Winkelmann, artisticamente conhecido como Beeple ou Beeple Crap, é um artista digital e que tem pensado durante um tempo como vender a sua arte através de NFT. Iniciou a divulgação da sua arte através de seu site e depois migrou para o Instagram, onde, com 2,1 M de seguidores, compartilha das suas mais fantásticas obras retratando imagens bizarras e pertubadoras, mas com uma criatividade surreal.

E durante um tempo, pensando sobre a possibilidade de vender a sua arte usando o NFT, Beep iniciou uma parceria com a Christie’s International, a casa de leilões de bela-arte e considerada uma das maiores do mundo, levando a sua peça “Everydays: the First 5000 Days” em formato JPEG, que consiste em uma espécie de mosaico onde contém todas as imagens criadas por ele, desde maio de 2007 até janeiro de 2021. E ainda tendo a Christie vendendo pela primeira vez uma arte puramente digital.

Valor desta belezura? U$ 69 milhões. Veja abaixo!

Everydays: the First 5000 Days | Reprodução: Beep Crap
E não podiam ficar de fora!

É impossível falar de arte e deixar de lado os nossos artistas nacionais, que levam consigo um talento único. Abaixo estão alguns dos nomes que vocês podem acompanhar e apreciar as imagens feitas por eles.

NOTA DA FREEZONE

Esta matéria traz ao público uma única intenção, que é de ser um conteúdo informativo acerca do NFT, esta tecnologia que tem se falado com frequência recentemente – e até televisionado – e tem sido utilizada por diversos artistas, independente da área que atuam.

Mas deve-se pontuar os malefícios causados por esta tecnologia e como isso tem impactado negativamente o meio ambiente.

Considerando todo o processo apresentado acima sobre como um NFT funciona e o modo como ela é trabalhada, é necessário pontuar o tanto de consumo de energia que é utilizado para esta execução. Ou seja, a cada vez que há a criação de um NFT e quando ocorre o movimento de uma carteira digital para outra, o mesmo exige um processamento de múltiplos computadores que são responsáveis pelo gasto desta energia.

Para apresentar um exemplo prático deste consumo, a cantora Grimes registrou 303 edições de um curto vídeo vendendo cada um por US$ 7.500, equivalendo a aproximadamente 79 toneladas de dióxido de carbono na atmosfera emitidos por usinas elétricas.

A ArtStation, uma famosa plataforma de arte digital, recebeu críticas de seus usuários após a decisão de realizar uma prova de conceito de NFTs. Em uma declaração como resposta aos comentários do público, a plataforma diz: “Sentimos que os NFTs são uma tecnologia transformadora que pode fazer mudanças significativas e positivas para os artistas digitais. Esperamos que, em algum momento do futuro, possamos encontrar uma solução que seja justa e ecologicamente correta. Levará algum tempo para refletirmos sobre isso e faremos o possível para reconquistar sua confiança.”.

Fazemos da palavra de ArtStation as nossas, não é mesmo?

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