Entrevista | Binha Cibelle: “Percebi que poderia fazer da escrita uma carreira”

Tenho certeza que muitos dos nossos leitores tem grande apreço pela literatura, seja ela qual for. Não importa o formato, a literatura está presente em cada aspecto do nosso dia a dia. Seja num livro, numa mensagem de Whatsapp, e-mail, em uma declaração etc.

E na edição desta semana, decidimos trazer e apresentar a vocês uma convidada pra lá de especial e que tem muito a nos oferecer, tanto com o seu carisma quanto com as suas obras.

Reprodução: Casal Rodivas

Apresentando…

Rúbia Cibelle – mais conhecida como Binha –, tem 28 primaveras, reside em Conselheiro Pena (leste de Minas) e formada em Direito (bacharel). A leitura é a sua maior paixão. Mas antes fosse a escrita sua única habilidade. Aos 4 anos iniciou sozinha seu aprendizado com o violão, mas tomou um gosto bem maior pelo teclado. A mesma afirma que se deixar fica horas com o instrumento.

Além do seu lado musical, a autora afirma que tem grande apreço por colagens:

Nos últimos tempos descobri minha paixão por journaling. Basicamente é fazer umas colagens bonitinhas em um diário. Amo, acalma minha mente. Sou bem competente em procrastinar e estou trabalhando nisso na terapia.

Binha para a Freezone

Binha é autora independente e dona de duas lindas obras e que você encontra disponíveis no formato ebook e físico, sendo eles o “Só Queria Que Você Soubesse” e “Entre Nós”. Os ebooks são baratinhos e você encontra na Amazon. Basta clicar aqui para ter o acesso.

Já os físicos, você encontra o “Só Queria Queria Que Você Soubesse” clicando aqui, sendo a última oportunidade de comprá-lo físico em 2021.

Aqui você encontra o “Entre Nós”, com vários kits com o livro disponível na loja da Binha e aqui somente com um kit disponível.

Reprodução: Casal Rodivas

Bora papear?

Agora que você já está por dentro de quem é a Binha e de suas principais obras, venha conferir a entrevista que esse doce de pessoa concedeu à Freezone, onde falamos sobre seus projetos, o desafio de ser um(a) autor(a) independente e muito mais. Bora lá?

Fz.: Como você iniciou na escrita e qual o primeiro impacto que ela te causou e que te impulsionou a permanecer escrevendo?

Binha: Escrevi a vida inteira. Ganhava prêmios nas escolas com redações e poemas, escrevia devaneios em cantos de cadernos e folhas que deixava espalhadas pelo quarto.

Mas quando comecei profissionalmente foi após uma amiga ter me iniciado nos dramas asiáticos e outra ter me levado ao k-pop. Sempre fui muito criativa e vivi com a cabeça nas nuvens, aquelas novelas e aquelas músicas parecem ter ativado algo dentro de mim que há muito estava adormecido. Eu estava em uma fase ruim, prestes a entrar em uma depressão por ter me formado em Direito e percebido “muito tarde” que não gostava do curso.

O primeiro impacto foi me levantar da cama mesmo porque eu não me sentia útil em nada, mas quando as meninas para quem eu mostrei minha primeira fanfic iam demonstrando gostar da história aquilo me dava um senso de propósito. Depois que comecei a escrever no wattpad e ver que as pessoas gostaram tanto, aquilo tomou outro nível e eu percebi que poderia fazer da escrita uma carreira.

Fz.: .: ‘’Só queria que você soubesse’’, seu romance de estreia, alcançou 80 mil leituras no wattpad e esse mesmo alcance tem acontecido com suas outras obras. Como tem sido lidar com o resultado?

Binha: Tem sido um trabalho constante. Quando olho meus números, sendo eu uma autora iniciante e praticamente desconhecida, eles são bem grandes. Mas às vezes tendo a me diminuir e achar que não são bons nem suficientes.

Pode parecer ingratidão, mas na verdade estou sendo bem sincera aqui. Tenho trabalhado nisso na terapia, em reconhecer minhas conquistas dia a dia.

Ver meu trabalho crescer e chegar a pessoas que não imagino é muito gratificante. Eu recebo muitas mensagens de leitores que nem sei como descobriram meus livros, eles me contam como os livros os afetaram e eu fico em tempo de ter um treco de tão feliz.

Fz.: Você costuma usar algum aspecto da sua vida pessoal nos seus livros? Se sim, acredita que este processo pode se tornar terapêutico no processo da escrita e da leitura?

Binha: Eu acredito que o autor sempre deixa um pouco de si e suas vivências em cada obra sua. Não sei se é bem terapêutico, acho que, na verdade, é bem natural mesmo.

Fz.: O que te inspirou a começar a escrever? Esta mesma inspiração tem se mantido nos dias atuais ou ela tem mantido alguma outra forma?

Binha: O que me inspirou foi minha paixão por boybands e k-dramas, mas o que me mantém atualmente é o mundo cheio de ideias dentro da minha cabeça que nunca morreu, só precisou de um toquezinho para acordar.

Fz.: Apesar da literatura ser uma arte que tem os seus encantos, o mercado literário é um campo de grandes desafios. Sendo assim, o que você julga ser mais desafiador, ainda mais sendo uma autora independente?

Binha: O mais desafiador de se autor atualmente é que, infelizmente, você não pode ser só autor. Eu tenho que ser autora, marketeira, publicitária, embaladora, transportadora, influences, relações públicas, recursos humanos.. Isso não só cansa como deixa o autor exausto e muitas vezes até mesmo indisposto a escrever.

Acho bem legal inclusive dar essa visão para aqueles que aspiram à carreira, tenham isso em mente.

Fz.: E como é ser um autor independente no mercado literário do Brasil?

Binha: Terrivelmente difícil. Exatamente pelo que falei na pergunta anterior.

Não vou tirar a parte boa que é receber direto dos leitores o feedback, ter todo esse carinho que vem crescendo de acordo com que estão nos valorizando mais. É muito gostoso, é uma conquista imensa ver seu livro lá, recebendo tanto amor. Mas isso não apaga o fato de que a luta é muito grande.

Fz.: Alguns leitores e escritores sofrem com o chamado ‘’preconceito literário’’, que dita qual tipo de leitura é compatível com determinada idade. Os que declaram esta afirmação se esquecem de que as leituras ‘excluídas’/best sellers podem se tornar uma porta de entrada tanto para leitores quanto para escritores iniciantes. Qual a sua opinião a respeito disso?

Binha: Ser leitor no Brasil já é raridade. Ideias como de que só leitura profunda, culta ou clássica presta ou que literatura de massa é desnecessária é colocar ainda mais barreiras na formação de leitores.

Fz.: Quais são os seus planos para um futuro próximo? Há algum projeto ‘’no forno’’?

Binha: Continuar publicando rs Brincadeiras à parte, pretendo continuar publicando os livros dos irmãos Chae (se ainda não foi ler Entre Nós, já sai daqui direto pra Amazon, queridos) e também explorando outros universos que minha cabeça vai inventando.

Essa daqui é exclusiva: eu tenho um projeto ainda secreto para o ano que vem. Recebi um convite recentemente e estamos fechando os últimos detalhes. Não posso falar ainda do que é, mas foi uma surpresa para mim e estou muito curiosa para trabalhar mais a fundo nela.

Fz.: Gostaria de deixar alguma mensagem e algum conselho para quem deseja iniciar na escrita, mas se encontra inseguro? O que gostaria de compartilhar?

Binha: Se você se apoiar na insegurança e focar nela, nunca vai pra frente. Tá inseguro? Vai assim mesmo. Você nunca vai saber se não se arriscar. Estude muito sobre escrita e publicação, você encontra muito conteúdo bom na internet. Compre livros e cursos se puder. Mas se não puder, você também consegue encontrar vídeos e páginas que falam sobre publicação independente sem cobrar um real.

Reprodução: Casal Rodivas

Que papo gostoso, não?!

Nós, da Freezone, agradecemos demais a Binha Cibelle por ter aceito nosso convite de contar um pouco sobre seus planos e suas obras pra gente e para vocês. Desejamos longevidade em sua carreira, muito sucesso em cada obra e projeto lançado, que os corações de tantos leitores sejam alcançados pelo carisma que a sua escrita proporciona e que seu caminho seja de muita luz. Sucesso! <3

E não esqueçam de conferir o link dos livros e ir lá no nosso Instagram comentar o que acharam 😉

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