O impacto do mercado Fast Fashion

Quando falamos de impacto ambiental o primeiro setor que vem na nossa cabeça como o que mais afeta negativamente, é o industrial. Isso porque a maior preocupação está no capital e dificilmente há uma política preocupada com os impactos de poluição.

Segundo a revista Forbes, a indústria têxtil é a segunda mais poluente, emitindo 10% de todo carbono mundial, perdendo apenas para a produção de petróleo. E esse impacto se dá principalmente por causa do sistema Fast Fashion que é como a moda é atualmente.

O que é o Fast Fashion ?

Se trata de um modelo de venda em larga escala de consumo rápido onde as peças tem baixo preço e baixa qualidade. Apesar de deixar a moda um pouco mais acessível devido aos preços baixos, a excessiva demanda de novas peças, para suprir um número desnecessário de novas coleções, faz com que haja um enorme impacto ambiental.

Segundo a artesã e ambientalista, Nara Guichon, um dos segredos da Fast Fashion é a falsa sensação de exclusividade. Pois, apesar de serem peças criadas em grande escala, elas são divididas globalmente em lotes distintos, que diferem de loja a loja, criando uma equivocada ideia de originalidade.

A moda no geral se baseia em um modelo linear: a roupa é produzida, enviada para a loja, comprada por um consumidor e eventualmente descartada. O Fast Fashion só torna esse modelo uma crescente ainda mais rápida, pois, o consumidor acredita precisar de novas roupas sempre que uma “nova coleção” é lançada no mercado.

Um artigo publicado na revista Environmental Health mostra que, além do impacto ambiental, a produção de peças de Fast Fashion colabora em diversos países com condições precárias a saúde humana, baixo salário e até mesmo trabalho escravo e infantil.

Slow fashion e modelo circular

Por outro lado, devido ao aumento na discussão sobre a proteção ambiental, práticas como slow fashion e o mercado circular tem sido mais faladas.

A Gucci, por exemplo, lançou em junho desse ano uma coleção que segue o modelo circular, ou seja, além de um maior ciclo de vida, após ser consumida a peça não é descartada e pode ser transformada em matéria prima para outra peça. Falamos mais dessa coleção bem >>aqui<<

Já o sistema de slow fashion é basicamente uma moda consciente onde se prioriza a qualidade e não a quantidade, além de se preocupar com o bem estar dos trabalhadores, salários mais justos e uma maior preocupação com o processo de produção de uma peça, ou seja, o tempo que ela leva para se decompor e todos os outros impactos.

Concluindo…

Para alcançar um mercado mais sustentável é preciso que as empresas da indústria se planejem, testem e estejam dispostas a se adaptar a um novo sistema que mais trará benefícios que empecilhos para seu crescimento. É preciso inovar no desenvolvimento de tecidos, mudar os hábitos de consumo e investir em políticas comerciais e de supervisão.

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