#Conheça a história de Gabrielle Coco Chanel

Quando pensamos em moda clássica a primeira casa que nos vem a cabeça com certeza é a Chanel. A grife é sem dúvida uma das principais influencias na moda como vemos hoje, e precisamos agradecer Gabrielle Chanel pelo amado trend que é o terninho com saia.

Chanel nasceu em 19 de agosto de 1883, em Saumur no interior da França, filha de Eugénie Jeanne Devollel, uma lavadeira que se tornou mãe solteira e Albert Chanel, um vendedor de rua que mantinha um contato esporádico com a família. O casal que já tinha um filho quando Gabrielle nasceu, somente em 1884, com a pressão dos parentes, se casaram e então nasceram mais três filhos, um deles faleceu ainda na infância.

Em 1895, quando Gabrielle tinha 12 anos, sua mãe morreu de tuberculose aos 31 anos. Após o ocorrido, o pai de Chanel colocou as filhas em um internato em Albazines, que inclusive foi o cenário da coleção Haute Couture Primavera-Verão 2020 feita por Virginie Viard. Um tempo depois envergonhada de seu passado, Coco passou a inventar histórias sobre sua infância, uma das histórias ela dizia que seu pai havia viajado para América atrás de uma fortuna, chegando a mentir sobre sua própria idade dizendo ser 10 anos mais nova.

Aos 18 anos ela deixa o orfanato e encontra sua tia, irmã caçula de sua irmã, ambas com faixa etária parecida, jeito para costura e com uma ambição de sair da pobreza logo são encaminhadas a um ateliê de costura especializado na confecção de enxovais. Em 1907, Chanel começou a marcar sua presença no La Rotonde, um café-concerto onde se apresentou como cantora e foi lá que surgiu o apelido “Coco” dado pelos oficiais a partir de uma música, “Qui qu’a vu Coco dans l’Trocadéro”, a qual interpretava.

Chanel possuía um grande círculo de relacionamento e um estilo inesquecível. Com horror a babados, plumas e rendas que faziam parte do guarda roupa da época ela preferia vestidos sóbrios em combinação com um chapéu de palha e acessórios exóticos como gravatas e paletós. “Simplicidade é a chave para toda a elegância verdadeira” dizia Gabrielle.

Em 1909, abriu uma pequena loja no subsolo de seu apartamento em Paris na qual desenhava chapéus. Antoinette, a irmã favorita de Coco, e Adrienne, a tia da mesma idade, a ajudaram na divulgação usando os o tempo todo dia e noite. Em um de seus eventos Gabrielle encantou um magnata Inglês que seria o grande amor de sua vida chamado Arthur Capel, que então viria a ajuda-la a abrir uma loja maior no endereço que entrou para a história da moda: 31 da Rue Cambon, dando início a uma grande revolução na moda. O relacionamento que durou 10 anos teve seu fim quando, em 1919, Capel morreu em um acidente de carro.

Gabrielle Chanel libertou as mulheres de roupas apertadas e desconfortáveis criando trajes inspirados em roupas masculinas onde a proposta dela era que pudessem se sentir confortáveis com roupas mais soltas e, por exemplo, conseguissem se divertir ao ar livre. Alguns de seus marcos foi o icônico e já citado conjunto de blazer feminino usados com as saias e acompanhados de colares de pérolas falsas, o famoso LBD (Little Black Dress), vestidinho preto que afirmava ser essencial no armário de toda mulher como garantia de elegância e pra fechar o combo ela também dizia que estar cheirosa era sinônimo de estar chique, decidindo lançar o perfume mais famoso da Maison, o Chanel Nº 5.

Sua estampada ousadia também era visivelmente encontrada em sua vida pessoal, sendo o “maior escândalo” quando na segunda guerra mundial, Chanel tinha um amante nazista e quando a França foi libertada do domínio de Hitler, a estilista foi presa acusada de traição. Entretanto, o então primeiro ministro Winston Churchill, intercedeu a seu favor alegando que ela sempre foi próxima aos ingleses, e há teorias que Coco Chanel possui na verdade uma vida secreta em que talvez ela fosse possivelmente espiã do Governo, mas isso é informação para outro dia.

Sendo liberada e exiliada para a Suíça, todas as boutiques estavam fechadas por decisão da estilistas que passou um bom tempo longe das passarelas. Eis que em 1955, em uma entrevista Marilyn Monroe foi perguntada do que ela usava para dormir e sua resposta foi “Apenas três gotas de Chanel Nº 5”. Gerando o dobro de vendas do perfume, que rendeu 162 mil doláres para Gabrielle que aos 70 anos reinaugurou seu ateliê onde trabalhou diariamente oito horas por dia durante 16 anos até que em 1971 veio a falecer no dia da semana que ela dizia odiar: “Só aos domingos eu não invento nada”.

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