A moda sustentável de Gabriela Hearst na Chloé

Com bolsa de segunda mão e streetwear reciclado, Gabriela Hearst apresenta uma coleção que mostra uma cenário ecofriendly na semana de moda de Paris.

Gabriela Hearst é um dos nomes mais importantes quando falamos de sustentabilidade na moda. Em 2019 foi responsável pelo primeiro desfile carbono neutro da história com a marca homônima fundada em 2015. A desginer assumiu a Chloé em dezembro de 2020, após a saída de Natacha Ramsay-Levi da direção criativa da marca.

O desfile aconteceu na Brasserie Lipp onde Gaby Anghion, fundadora da marca, fez alguns de seus primeiros desfiles. Gaby sempre teve como principais preocupações os valores e conquistas femininas, construir peças para uma mulher forte e moderna. Porém, agora Gabriela apresenta sua nova prioridade: a de uma moda sustentável.

Na coleção podemos ver a junção de duas Gabrielas, a continuação do legado de Gaby Anghion, com peças que representam uma mulher forte, mas que agora se junta com Gabriela Hearst, representando uma mulher multicultura, moderna e firme.

Mikhaela, neta de Gaby Aghion, emprestou um anel antigo que sua avó usava em todos os desfiles para a atual diretora usar na estreia, como um amuleto.

Gabriela apresentou uma coleção nascida de medidas sustentáveis e altruístas.

O desfile

Começando pelas escolhas de tecido com base no meio ambiente, eliminando poliéster e viscose, mais de 50% da seda vem de agricultura orgânica, aumentando o percentual de fios dos famosos cashmeres, marca registrada da label, feitos com 80% dos fios reciclados.

Tecidos antigos encontrados na Chloé foram reunidos e doados para a Sheltersuit Foundation, organização filantrópica que fornece roupas e sacos de dormir para pessoas em situações vulneráveis. Três casacos da iniciativa estiveram presente no desfile. Além disso, o time da fundação esteve na Maison para criar uma mochila que terá seu lucro revertido para a iniciativa, e a cada acessório vendido, a label irá custear a confecção de dois casacos.

“A primeira bolsa de luxo que eu comprei na vida foi a Edith. O amor que sinto por essa marca é completamente autêntico e genuíno, de alguém que cresceu amando a Chloé

conta Gabriela

No desfile, as modelos levavam bolsas Chloé de segunda mão que haviam sido compradas de volta pela marca através do eBay, repaginadas com sobras de tecido no estúdio da designer.

Gabriela, uruguaia radicada em Nova Iorque, trás nessa coleção uma união entre a cultura Latino Americana, com a herança francesa da mulher Chloé. Os ponchos, outra marca registrada da label, representam para designer um elemento de herança latina, que trouxe lembrança de seu pai que usava-os facilitando a criação de novos modelos para a coleção.

Apoiada pelo CEO Riccardo Berllini, Hearst disse que a Choé ja havia reduzido a pegada ambiental desta coleção em 400% em comparação com a linha do inverno passado. Gabriela é movida pela confiança de uma indústria baseada em um consumo desacelerado e um mercado circular, que esteja em conformidade com o meio ambiente.

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