Brasil se torna epicentro da Covid-19

O Brasil enfrenta atualmente o pico mais grave da Covid-19 desde o início da pandemia, se tornando o país com mais mortes e infecções do que qualquer outro país nos últimos dias.

Com maior média diária de mortes por Covid-19 nos últimos 7 dias, o Brasil supera os Estados Unidos, com 1.626 óbitos sendo 1.460 nos EUA. Pela primeira vez, desde o começo da pandemia, o Brasil registrou mais de 2.000 mortes, sendo na sexta 2.216 e já na quarta 2.286.

“A expectativa levando em consideração a não testagem de todos os sintomáticos é que o número oficial de 11 milhões de casos seja de duas a três vezes maior, dentre 22 a 33 milhões de pessoas infectadas. É o padrão de uma epidemia que está completamente descontrolada do ponto de vista de transmissão”, disse o médico Alexandre Naime Barbosa, chefe da infectologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia.

Mesmo estando no pior momento da pandemia, o país não tem cumprido as principais medidas recomendadas por especialistas, e utilizadas em outros países para o combate do vírus, sendo esta a testagem em massa.

“Temos uma situação completamente fora de controle e a tendência é que mantenha essa alta de contágio”, disse pesquisados em saúde pública Diego Xavier, da Fundação Oswaldo Cruz

A média diária de exames, segundo dados do Ministério da Saúde, passou de 57.263 em janeiro, para 4.232 em fevereiro. Com a testagem baixa, o Brasil tem um percentual de resultado positivos no total de testes, de 28,74%, quase seis vezes acima do considerado pela OMS como adequado para conter a pandemia, de 5%.

Além da baixa testagem, o país só consegue sequenciar o genoma de uma parcela mínima de casos confirmados da doença, o que dificulta o acompanhamento das varias, como a P1 que surgiu em Manaus no final do ano passado, e que tem sido a mais preocupante devido a alta de transmissibilidade e resistência.

A variante do Brasil foi detectada nos EUA, no Reino Unido e em países vizinhos da América do Sul. Apesar do caso extremo que o país tem passado, não é o único a enfrentar o terror das variantes. Países como Itália, Polônia e outras partes da Europa, tem tido seus casos aumentando por causa de uma variante mais contagiosa identificada pela primeira vez no Reino Unido no final do ano passado, e outra altamente transmissível encontrada na África do Sul.

Alguns dados iniciais indicam boa resistência das vacinas à variante do Reino Unido, porém pode ser diminuída pelas da África do Sul e do Brasil.

(Fonte principal: Notícias R7)

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