As diferenças entre as principais vacinas de COVID-19 que circulam pelo mundo

Nos últimos meses, um dos principais assuntos entre os círculos de conversa é a vacina do novo Coronavírus. Com o início da vacinação, as dúvidas sobre as vacinas disponíveis, a diferença entre cada uma, qual seria a melhor para tomar, aumentaram significativamente. 

No Brasil, apenas a vacina CoronaVac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, e a da Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca estão disponíveis, até agora. A seguir, vamos apresentar e explicar algumas diferenças entre as duas disponíveis no Brasil e outras que estão circulando pelo mundo.

CoronaVac

A vacina tem origem chinesa, desenvolvida pela farmacêutica Sinovac em parceria com o Instituto Butantan aqui no Brasil. Possui a tecnologia do vírus inativado, ou seja, o vírus foi “adormecido” em laboratório para não ser capaz de se reproduzir. Quando a vacina é aplicada, o organismo começa a gerar os anticorpos necessários para combater o vírus.

Vacina de origem chinesa Coronavac, que foi desenvolvida pela farmacêutica Sinovac.
Vacina CoronaVac | Foto: Divulgação

A eficácia geral é de 50,38% e é dividida em duas doses. Caso o indivíduo esteja contaminado, a vacina possui 100% de eficácia para que o quadro do paciente não se agrave, evitando internações hospitalares, e 78% no combate a casos leves da doença.

Oxford/AstraZeneca

Essa vacina trabalha com o vetor viral não replicante, ou seja, utiliza um adenovírus, que não consegue se replicar no organismo. Os cientistas manipulam o vírus para que, quando em contato com o organismo, a nossa célula produza uma proteína que é presente no vírus (a espícula). Então, esta célula entende aquilo como ameaça e começa a produzir anticorpos.

Vacina Astrazeneca, produzida pelo laboratório de Oxford.
Dose da vacina de Oxford em parceria com a AstraZeneca | Foto: Tânia Rego/ Agência Brasil

Ela possui uma eficácia de 64,2% nos estudos clínicos realizados no Brasil.

Pfizer/BioNTech 

Desenvolvida pela farmacêutica Pfizer em parceria com a empresa alemã BioNTech, esta vacina utiliza a tecnologia do RNA mensageiro sintético do vírus. Este, quando aplicado na célula, induz o organismo a produzir proteínas e, consequentemente, anticorpos. 

Vacina Pfizer produzida pelo laboratório BioNTech.
Vacina Pfizer | Foto: Justin Tallis/AFP

Apesar de poder ser desenvolvida e fabricada mais rapidamente que as vacinas convencionais, uma das maiores dificuldades dos países é no armazenamento dela, que precisa ficar estocada em ambientes a -75ºC.

Sua eficácia é de 95% no combate ao vírus. Segundo o comunicado da empresa para a imprensa, essa vacina previne as formas mais leves e graves da doença.

Sputnik V

Desenvolvida pelo Instituto russo Gamaleya, essa vacina possui a mesma tecnologia da Oxford/AstraZeneca, do vetor viral, a qual é estudada a anos pelas indústrias farmacêuticas. Os estudos feitos nos testes revelaram que ela possui taxa de 91,6% de eficácia no combate aos COVID-19.

Vacina Sputnik produzida pelo Instituto Gamaleya
Vacina russa Sputnik V | Foto: Adriana Toffetti/A7 Press/Estadão Conteúdo

A Sputnik V se tornou a primeira vacina a ser aprovada no mundo em agosto do ano passado (2020), antes mesmo de os testes serem concluídos.

Independente da vacina, evitar aglomerações e usar máscara é imprescindível e necessário para conter a pandemia do novo Coronavírus, segundo especialistas.

Start typing and press Enter to search