Estradas derretem com o avanço do aquecimento global

As estradas e solos do Hemisfério Norte que foram feito com o permafrost estão derretendo por causa do aquecimento global e isso tem gerado preocupação

As estradas que foram construídas em cima dos permafrost estão derretendo por causa do aquecimento global, e como em um ciclo, o derretimento destas geleiras faz com que gases, bactérias e vírus sejam liberados. O que agrava ainda mais o avanço do aquecimento global.

O que é permafrost?

O permafrost é o solo que passa todo o ano congelado e que cobre 25% da superfície terrestre do Hemisfério Norte, principalmente na Rússia, Canadá e Alasca. Pode ser composto por pequenos fragmentos de gelo ou grandes massas, e sua espessura pode ir de poucos metros a centenas. O permafrost contém quase 1,7 trilhão de toneladas de carbono, que equivale a quase o dobro do dióxido de carbono (CO2) presente na atmosfera.

Então, com o aumento da temperatura, o permafrost começa a esquentar e a derreter. Os cientistas avaliam que isso se tornará mais rápido através dos anos.

Estrada com rachadura no Candá, fotografada por Guy Doré.
(Repodução: Guy Doré)

Um artigo publicado em 20020 afirma que os responsáveis pela manutenção e construção das áreas em que o permafrost está presente vão ter grandes desafios a medida que o degelo for aumentando nos próximos 100 anos. Os moradores locais poderão sofrer com as estradas com um aspecto de areia movediça, rachaduras nos prédios e os invernos muito mais quentes.

A lista de estruturas e edifícios conhecidos por terem sido danificados pelo permafrost é longa e variada. Inclui as paredes de blocos de apartamentos na cidade russa de Yakutsk, que agora estão se partindo.

Oleodutos na Rússia e em outros países correm o risco de romper graças à mudança no solo, podendo levar a desastrosos derramamentos de óleo.

Também é o caso da Igreja de Nossa Senhora da Vitória em Inuvik, no Canadá, onde o clero viu a construção se deformar ao longo dos anos enquanto o solo abaixo dela cedia.

De acordo com o New York Times, o degelo já causou danos e afundamentos do solo em cerca de mil construções na cidade Yakutsk, que fica na Rússia.

Quando os asfaltos foram construídos nestes lugares já havia uma premissa de que o degelo poderia derreter, mas no século XX, os engenheiros acabaram por usar cascalho no solo antes da construção do asfalto para ter o efeito de isolamento do gelo. Entretanto, em alguns lugares esse amortecedor não é mais eficaz porque a maior parte do gelo já derreteu.

A mudança climática pode ser sim um grande fator desse derretimento, mas não é o único. O asfalto absover o calor emanado pelo Sol e acaba o distribuindo para abaixo do solo, sendo assim, deixando a temperatura mais quente.

Em algumas partes do Ártico, para impedir o derretimento do solo, algumas empresas estão recorrendo à tecnologia para manter o solo congelado.

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