CBF e Bolsonaro: misturando política e futebol

Depois de anunciar que irá sediar a Copa América em meio a uma terceira onda de contaminação de coronavírus, o Presidente Bolsonaro pediu para que Rogério Caboclo, presidente da CBF retirasse o atual técnico da Seleção Brasileira, Tite, que não estava feliz com a participação do time na competição.

A CBF e o Governo se tornaram o centro das páginas de notícias no início dessa semana, que marcou o começo do mês de junho o Presidente Jair Bolsonaro confirmou em um pronunciamento em rede nacional que o Brasil irá sediar a Copa América, evento que ocorrerá daqui a menos de 15 dias. A notícia não foi bem recebida por grande parte da população, pois, o país ainda enfrenta um grande número de contaminação e mortes por causa do coronavírus. E, foi por esse motivo que Colômbia e Argentina recusaram a oferta da Conmebol de sediarem o evento. Rogério Caboclo, um grande partidário de Jair Bolsonaro pediu diretamente ao Presidente para que fosse realizado aqui em nosso país.

Vale ressaltar que nesta semana, Rogério Caboclo foi acusado de assediar sexualmente e moralmente uma funcionária e o caso ainda está sendo investigado.

Rogério Caboclo, presidente da CBF à esquerda e Jair Bolsonaro à direita.
Imagem: Lucas Figueiredo/CBF

Dito isso, a insatisfação da Copa América ser realizada no país não foi dividada apenas entre comentaristas e torcedores, o atual técnico da seleção, Titi não estaria nada feliz com a participação da seleção nos jogos. Casemiro, jogador também da seleção também estaria se opondo nos bastidores de jogar. E, para tranquilizar Bolsonaro, Rogério Caboclo enviou uma mensagem ao Planalto confirmando que irá demitir Tite e que no seu lugar irá entrar Renato Gaúcho, que apoia veemente o governo.

O burburinho nas redes sociais após a matéria publicada pelo Globoesporte com apuração do jornalista Andre Rizerk fez um outro fator relevante entrar na cena: a interferência de governos federais nas seleções de seu país é totalmente proibida pelo Estatuto da FIFA, que em seus artigos 14 e 19 declara que as federações tem independência e autonomia para atuar e tomar decisões sem nenhuma interferência de terceiros.

A CBF e nem o Governo Federal se manisfestaram sobre quaisquer ponto deste asssunto, nos resta agora é saber como será o desenrolar dessa história…

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