EDITORIAL: 500 mil vidas que não tiveram chance

No sábado, 19 de junho de 2021 o Brasil atingiu a marca de 500 mil mortos pela covid-19, na mesma semana em que Nova York celebrou com fogos mais de 70% da sua população vacinada e uma reabertura dos estabelecimentos e volta das suas atividades. Com tantas informações vindas da CPI, os mais de 70 e-mails não respondidos para a compra de vacinas e a brutalidade das entidades policiais em protestos deixa claro um pensamento: o negacionismo está matando, e o Presidente da República é o culpado.

O editorial feito pelo Jornal Nacional, o qual você pode assistir aqui, é direto ao dizer que “Quando estão em perigos coisas como o direito à saúde ou o direito de viver em uma democracia, não há dois lados “, e causa revolta no momento em que a lembrança de que 500 mil pessoas não poderão mais abraçar seus entes queridos, andar pela rua com pressa por atraso, celebrar mais um ano de vida porque a gestão pública não foi capaz de acreditar na ciência, porque o negacionismo, a exaltação de ditadores e torturadores é o caminho que Bolsonaro escolheu para comandar o país.

Mas, não é somente a culpa do Governo a entrada da terceira onda, a sociedade que se chocou com 3 mil mortos na Itália em março de 2020 posta nas suas redes sociais a foto do luto dos 500 mil mortos enquanto está em uma barzinho com amigos, porque segundo eles, há sim lugares que seguem o protocolo de segurança. Mas que protocolo? A única maneira de se proteger contra a covid é o uso de máscara, álcool em gel e isolamento. Estar em um lugar público, sem máscara e aglomerando, mesmo que em ambiente aberto, não é seguir protocolo.

A má adminitração pública é o reflexo da sociedade, que escolheu como governante todo o pensamento que empurravam para debaixo dos tapetes de sua mente. Em 2022, teremos novas eleições presidenciais e há quem diga ainda que política não se discute… Depois de 500 mil vidas que não terão mais chance de se vacinarem em um país que sempre serviu de vitrine de vacinação pelo mundo, é hora de começar a mudar os pensamentos sobre a política.

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