Entrevista | Savico: ”Como artista eu sempre busquei a totalidade na arte.”

”Fica por mim e grita o meu nome no altar, só quando eu ouvir teu chamar vou saber se estou salvo”.

São os primeiros versos que introduzem o refrão da canção ”Velho Terço” do cantor e compositor Savico, e o qual nós, da revista Freezone, tivemos o privilégio de receber como o nosso entrevistado da semana e com fotinhas exclusivas pelas lentes de Sidarta Senna.

Reprodução: Sidarta Senna

Sávio Iecker, artisticamente conhecido como Savico, tem 23 anos, é natural de Itaborái/RJ, mas reside atualmente no Rio de Janeiro e cursa Atuação Cênica.

Veio aí!

Savico sempre teve contato com o mundo artístico. Iniciou no teatro e nos dias atuais tem investido de coração e alma em sua carreira musical. Dono de uma voz autêntica, Savico tem trabalhado incansavelmente em suas criações. No dia 07 de julho, foi lançado seu primeiro e mais recente single ”Velho Terço” e logo em seguida, no dia 09 de julho, o clipe desta mesma canção, servindo não somente em composição e melodia, mas em estética e performance.

Mas não pensem que acabou por aí! Savico, juntamente com sua parceira musical de música e da vida, Ligia Bié, farão o lançamento da canção ”5 Desculpas” no dia 13 de outubro. Para não perder o lançamento de vista, você já pode fazer o pré-save da canção clicando aqui. E com os dedos cruzados, aguardemos o EP que está previsto para o mês de janeiro de 2022, contendo tanto a canção ”Velho Terço” quanto ”5 Desculpas”, contando com a produção de Caio Loureiro.

Reprodução: Sidarta Senna / Savico e Lígia Bié

Sem mais delongas…

Vamos ao que interessa! Segue abaixo a conversa que tivemos com Savico, onde o mesmo fala sobre sua carreira artística, produções, composições, sua relação com às artes visuais, seus futuros lançamentos e muito mais!

  • Antes de começar a investir em sua carreira musical você deu início no teatro. O que este meio te influenciou na sua visão enquanto artista?

O teatro me ensinou a ser artista. Me ensina até hoje, na verdade, então certamente ele tem uma influência de peso em tudo o que eu faço. Foi na cena teatral que eu entendi o verdadeiro lugar do artista. A visão que as pessoas têm da vida do artista ainda é muito banhada na pia da glamourização exacerbada, quando na verdade, ser artista não tem nada de glamoroso. Ser artista é muito exaustivo, só tem glamour quem é famoso. Artista independente não tem tempo pra glamour, porque está atolado até o pescoço em produção, decorar fala, separar figurino, horas e horas de ensaio, maquiagem que não pode derreter nem sumir na luz, carregar bolsa pesada pra cima e pra baixo, remuneração baixa ou nula, aquecimento corporal, aquecimento vocal… Pra no fim ainda perguntarem se “você tem um emprego de verdade além da arte?”. O teatro foi um mega professor nesse quesito. Quando eu fazia teatro no interior do Rio, éramos quatro artistas numa companhia de teatro, e que também éramos diretores, roteiristas, produtores, maquiadores, dramaturgos, cenógrafos, sonoplastas, iluminadores… As vezes eram meses de ensaio pra conseguir subir no palco com uma esquete de 3 minutos, porque o apoio era zero. Éramos nós por nós, todos movidos pela vontade de fazer arte. Trabalho duro mesmo! E hoje carregar essa bagagem pra música é muito importante. Ser artista independente na música requer muita independência, no sentido puro da palavra. Fazer de tudo um pouquinho pra conseguir subir as músicas nas plataformas, com um material de qualidade. Fora que as escolhas sonoras e estéticas se refinam muito quando passam na peneira do teatro. Ficam mais polidas. O teatro só soma, sempre. E segue somando.

  • E quanto à música? Qual foi o primeiro passo que você deu para dar início, principalmente, ao seu primeiro single?

Eu sempre tive vontade de fazer algo dentro da música. Na minha vida de artista eu sempre busquei a totalidade na arte. Fazer várias coisas pra ser uma espécie de “artista-coringa”. Então eu estava no teatro, mas fazia ballet, dança contemporânea, piano, pandeiro, desenho, pintura… Quando eu ingressei no curso de Bacharelado em Atuação Cênica pela UniRio (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro), meu discurso era “Eu atuo, danço e desenho. Só não canto.” E isso me doía muito. Porque eu sempre tive questões com a minha voz e minha fala, por conta das cirurgias do lábio leporino e da fenda palatina, bullying e afins. Eu achava que não seria capaz de cantar nunca. Eu cultivei e protegi essa ideia, que é absurda, por muitos anos na minha cabeça, e isso me angustiava muito. Mas como bem disse Lacan: “A angústia é o afeto que não engana”. Onde tem angústia, tem uma verdade às avessas do seu desejo mais avassalador. Quando eu estava com meus amigos, na faculdade, eu adorava cantar. Às vezes, entre uma aula e outra, alguém puxava um violão no jardim da faculdade e a gente cantava nos intervalos inteiros. E sempre surgia um comentário ou outro como “você é afinado sim!”, “você canta bem sim, deixa de bobeira!”, comentários esses que eu desconjurava até o fim. Mas depois de tanta insistência, externa, dos meus amigos, e interna, do meu desejo velado, comecei a escrever meus primeiros versos. Eram horríveis! Apaguei todos e sigo fingindo que nunca existiram. Mas eventualmente, eu compunha algo que eu já criava maior apreço, e que as pessoas a minha volta indicavam alguma evolução. Quando eu já vinha compondo letras que eu julgava boas e “musicáveis”, adquiri uma bolsa de estudos de 100% pra estudar Técnica Vocal na Escola Portátil de Música (Casa do Choro). Daí pra frente minha voz evoluiu bastante! E adquiri outras referências dentro da música brasileira, o que estendeu ainda mais meus horizontes. Quando me senti seguro, reuni minhas composições e procurei o Caio Loureiro, que foi o produtor de “Velho Terço”, do próximo single, e de todo o meu EP, que vai ser lançado no início do ano que vem. Mas foi uma caminhada longa de entender que os limites que as pessoas impõem pra mim, não é necessariamente meu ponto final de caminhada. A gente dita o nosso próprio limite e eu ultimamente tenho evitado ditar limites pra mim mesmo. Quero mais é seguir me descobrindo e indo além.

Reprodução: Sidarta Senna
  • Quais as suas principais inspirações? E referências?

Eu sou bem eclético. Eu ouço de tudo, mesmo! Mas eu sempre separo minhas referências em quatro “categorias”, assim fica mais fácil de me organizar, eu comigo mesmo. Eu tenho minhas referências de berço, que escutava com minha mãe e minhas tias, como Ana Carolina. Eu gostava tanto que uma tia minha chegou a me dar o DVD do Estampado, o terceiro álbum da Ana, e um pôster imenso que ficava pendurado na parede do meu quarto, quando eu tinhas uns 3 ou 4 anos. Ela sem dúvida é um grande pilar das minhas composições. Zeca Baleiro também é um nome de peso. Minha mãe tinha o CD “Zeca Baleiro – Top hits” e eu sei todas as músicas de cor e salteado. Fora os clássicos da MPB como Gil, Gal, Bethânea, Caetano… Depois, na minha adolescência, eu peguei muitas referências da minha irmã. Jéssica passou por muitas fases na adolescência e eu as acompanhei de perto, então eu ouvi muitas sonoridades diferentes. Evanescence, que é minha maior referência dentro do Rock/Pop Rock, por exemplo, aprendi com minha irmã. Na época em que se ouvia muito hip-hop nos CDs e DVDs que eram vendidos em camelô, os Traxx, fui apresentado a artistas norte-americanos como Snoop Dog, 50 Cent e Sean Paul. Depois com a ascensão do pop, conheci o trabalho de artistas como Ciara, Destiny Child, Mariah Carey, Britney… Quando minha irmã entrou na fase gótica, onde os emos estavam na moda naquela época, tive contato com o Evanescence, que já citei, Pitty, My Chemical Romance, Canto dos Malditos na Terra do Nunca, Luxúria… Durante muito tempo eu fiquei oscilando entre essas referências de berço e as referências da minha irmã, que chegou a me mostrar até o funk carioca da Furacão 2000. Não cheguei a ser atingido por demais febres da minha época de adolescente. Restart, Cine, NX Zero e Justin Bieber passaram batidos. Eu mergulhei de cabeça no pop quando já estava mais próximo da fase adulta, por volta dos 17 anos. Todas as divas pop entraram de vez na minha vida nesse momento. Foi quando me entendi enquanto bissexual, assumi isso pra minha família e passei por toda uma fase de amadurecimento e autodescobrimento. Eu fiquei marinando na Pop Music muitos anos até entrar pra Técnica Vocal na EPM. No curso, eu dei um salto pra trás no tempo e peguei referências na raiz da música brasileira. Carmen Miranda, Tião Carvalho, Noel Rosa, Riachão… Foi muito enriquecedor, e me arrependo de não ter me rendido ao samba e a Bossa Nova antes. Quanto as minhas maiores inspirações, sem dúvidas a maior é a Cássia Eller, que também é uma referência de berço, diga-se de passagem. A maneira como ela enxergava música era muito pura. Ela queria estar no palco e fazer música, apenas, e isso é lindo. Ela era muito teatral cantando, muito performativa. Chorei muito quando assisti ao documentário dela. E por falar em inspiração que faz chorar: Cazuza! O Cazuza sabe exatamente onde fica o botão on/off do meu choro. Basta ouvir “Down em Mim” que eu fico bem down, mas de uma maneira boa. Ele era excelente. Sou apaixonado nas entrevistas e nas falas que ele dava. Fora que musicalmente, o cara é um acontecimento. Como sou muito ligado a cultura pop, não posso deixar de citar a Lady Gaga, que é outra artista extremamente teatral e performativa. Acho que a minha maior admiração por ela é pela capacidade camaleônica de ser alguém novo a cada álbum. De soar diferente a cada novo trabalho. Os universos que ela cria. É incrível.

  • E qual a sua relação com as artes visuais e como você busca aplicá-las em suas criações?

Existem coisas, lugares e até sonoridades que a gente só alcança, que só dá pra levar o público até ela, se a arte visual, a estética, estiver bem presente e bem construída, sabe? Foi até bom citar a Lady Gaga como exemplo naquela hora porque ela é mestre nisso. A cada novo álbum ela mergulha de cabeça numa estética criada por ela mesma – unindo 3 ou 4 escolhas estéticas que se conversam – e acaba conseguindo levar todo mundo pra dentro desse universo único. Óbvio que ela tem muito investimento financeiro e muito crédito (num sentido de “moral”) pra fazer essas produções megalomaníacas. Mas é tudo uma questão de como adaptar pra nossa realidade, enquanto artista independente no início da carreira. Eu sou muito apegado às questões estéticas, à arte visual, e tudo o que eu executo visualmente tem um sentido maior por trás. Eu gosto sempre de trabalhar com metáforas visuais, referências, pinturas antigas, até memes da internet. Qualquer coisa, qualquer estímulo visual que me permita laçar o público, que me permita tocar numa tangente emocional, eu trago pros meus trabalhos. Algumas dessas referências são mais fáceis de compreender do que outras mas, pôr o público pra pesquisar, também faz parte. Em “Velho Terço” isso se faz bem presente. Como eu já fui muito católico, unir os símbolos, ritos, passagens, o sagrado católico – tudo isso no sentido estético e visual – não foi difícil. O desenho da capa do single fui eu quem fiz, e lá tem referências ao sagrado, ao renascentismo, mas também ao underground, ao goticismo, à melancolia. Tudo isso deu uma “borrifada” no público sobre o que viria na canção e no clipe. Foi como eu disse: tem coisas que só a estética e o visual conseguem trazer.

  • Nos fale sobre o seu single ”Velho Terço”. Como se deu o processo de criação, tanto composição quanto a construção melódica?

Eu compus “Velho Terço” na faculdade. Eu estava sentado no jardim do campus, com meu caderninho e minha caneta na mão, esperando uma inspiração pra compor. Foi aí que e ouvi um grupo de pessoas falando algo sobre o vaticano deter muito dinheiro, sobre a igreja ter questões ocultas ou algo do tipo, não me lembro muito bem. Foi então que me veio a frase “Você me julga como pecador”, e o restante da música fluiu. Só veio. Compus a música inteira em menos de 10 minutos. Uma das coisas curiosas sobre “Velho Terço”, é que eu acabei escrevendo essa música pro meu pai, e no fim das contas eu nem sei se ele ouviu. Mas tudo bem, faz parte também, o importante é que muitas outras pessoas escutaram e se identificaram. Eu estava bastante receoso, por ser uma música muito metafórica, e que sobrevoa um lugar super delicado, que é a religião. Mas no fim tudo deu certo. Outro fato bastante curioso é que a melodia gravada talvez não seja a melodia original da composição. No dia em que eu escrevi a música, um amigo meu, o Phill, chegou na faculdade com o violão e a gente tirou melodia de “Velho Terço” ali mesmo, no mesmo dia. Mas se passou muito tempo, veio a pandemia, e eu esqueci completamente a melodia que a gente tinha criado. Eu cheguei a tentar falar com ele, pra ver se ele lembrava, mas não consegui contato por N motivos. Eu tive que criar uma melodia nova, no piano, a partir do que eu lembrava da primeira melodia. Então “Velho Terço” que, a gente escuta agora, pode ser idêntica ou completamente diferente da canção que eu tinha quando eu compus a letra. Mas apesar de não me recordar da melodia “original”, eu posso afirmar que tanto uma quanto outra são lindas! Fora que a melodia “nova” carrega os arranjos do Caio, que são maravilhosos. Ele é genial! As produções dele são obras de arte.

  • Assistindo ao seu clipe, observa-se que há a junção das três artes: a música em si, o teatro – principalmente, pela cena em que você está sobre a mesa e o sangue escorre pelo seu nariz e sua expressão aparenta ser um estado de agonia – e a arte visual, por você performar dentro de uma igreja católica, um espaço que é referência no que diz respeito ao visual. Você colocou como critério a união destas três artes em seu clipe?

Eu ponho a união das artes não só como critério do clipe, mas como o cerne do meu eu-artista. Essa coisa de ser total dentro da arte, a busca pela totalidade, pelo fazer de tudo um pouco, é uma busca consciente. E acaba que dá certo. O clipe de “Velho Terço” foi a produção mais simples do mundo. Éramos a Mabê – que dirigiu, roteirizou e produziu – eu e meu celular. Gravamos tudo num dia só, foi uma maratona. Mas por ter muitos elementos, e uma estética construída de maneira minuciosa, dá a impressão de que o clipe é algo bem maior, ainda mais por se passar dentro de igrejas, que por si só, são ricas em visual e estética. A própria Mabê, o Caio, a Lígia, o Sidarta, todo mundo que tem trabalhado comigo nesse EP são artistas-coringa. Todos eles atuam, cantam dançam, produzem, maquiam, roteirizam, dirigem… E isso sem dúvida é um diferencial enorme. São mais cabeças pensantes e que são capazes de pensar além, de pensar mesclado. Ainda têm muitas coisas por vir, o próximo single “5 Desculpas” com a Lígia, o EP completo que sai no comecinho do ano que vem, e tudo o que vem depois do EP, certamente vão elucidar melhor isso tudo que estou falando.

  • Você se apropriou de elementos religiosos e uniu isso à sua arte. O que te fez formar essa relação do ”sagrado” com o ”artístico”? Qual a sua principal proposta com isso?

Na etimologia da palavra, “religião” significa “religar” ou “reconectar”. Pode-se dizer que a arte é minha religião. A arte, a minha arte, sempre me reconecta com meu passado, com questões que no cotidiano, eu tendo a fugir. É quase uma terapia ou uma análise. É sagrado. E é um sacrifício. Um sacro ofício. Em “Velho Terço”, eu realmente quis expurgar uma culpa, uma culpa cristã, que eu sentia por ser quem eu sou. Acho que toda a pessoa LGBTQIA+ que cresceu dentro da igreja, que teve uma relação íntima com o cristianismo, já sentiu ou ainda sente essa culpa. A igreja, aqui falo sobre a instituição religiosa e não sobre Cristo em si, acaba tomando tudo o que é nosso. Proíbe que a gente ame quem a gente quer, que a gente aja como a gente quer, que a gente se vista como a gente quer, que a gente fale como a gente quer… Ela se apropria do que é nosso, como princípio da própria instituição. Em “Velho Terço” eu tomo tudo isso de volta pra mim. Não quero que nada e nem ninguém me tire mais de mim. Mas a presença da igreja – do prédio igreja, do centro religioso igreja – foi mais uma ambientação. Não tinha ambiente melhor pra “Velho Terço” que não uma igreja. Até porque eu ainda enxergo beleza nos detalhes católicos. Os ritos, os objetos, as esculturas, os vitrais, o simbologia de cada momento da missa, de cada gesto dentro daquele culto. É muito bem construído e há uma beleza imensa e admirável nesse quesito. Entrar numa igreja de novo, depois de tantos anos, e pra gravar o clipe de uma música como “Velho Terço” … Nada foi tão religioso, de tal capacidade e poder de reconexão, como esse momento pra minha vida. Me conecto e me desconecto num só ato.

  • E o que podemos esperar de seu próximo lançamento? Como foi trabalhar junto com Lígia Bié e o que vocês mais aproveitaram no processo de produção?

Se estão partindo da premissa de “Velho Terço”, podem esperar o completo oposto. “5 Desculpas” é sobre se sentir bem, sobre superar aquela pessoa que te fez mal, sobre saber que você merece mais. O arranjo e a produção do Caio captaram a leveza da letra com muita excelência. O trabalho do Caio é realmente excelente, não me canso nunca de dizer isso. E trabalhar com a Lígia é sempre maravilhoso. Estar com ela é sempre maravilhoso, e eu já falei isso tudo pra ela incontáveis vezes. A gente compôs “5 Desculpas” em isolamento, por vídeo chamada. Ela puxou o violão e a letra da música veio. Foi bem rapidinho também. A gente se compreende muito, se ensina muito, e trabalha muito bem juntos. “5 Desculpas” vai saber expressar tudo isso muito melhor do que eu poderia explicar. A gente soa muito bem cantando juntos, e a gente tem um carinho enorme por essa música. Tem muito afeto em tudo o que a gente faz juntos porque temos muito afeto um pelo outro. O clipe foi dirigido por mim e pelo Sidarta Senna, que é outra pessoa maravilhosa que cruzou meu caminho e que tem me ensinado muito, principalmente sobre audiovisual. Ele e eu ainda temos mais trabalhos juntos pra mostrar. As coisas vão se revelando aos poucos, mas Sidarta e eu ainda vamos pirar um bocado juntos. O melhor desse EP todo é justamente isso. É tudo uma grande piração e um vai entrando na pira do outro, dá corda, soma, poda… É um trabalho conjunto. E o melhor de estar agora no início da carreira é que, por não haver muito investimento financeiro, você sabe que as pessoas que caminham do seu lado estão ali porque acreditam no teu trabalho e querem fazer junto com você. Isso é muito gratificante e muito lindo. Eu não canso de agradecer a cada pessoa que embarca nessa comigo, porque são profissionais excelentes e que chegam junto pra fazer acontecer. Isso é arte viva.

Savico, a Freezone te agradece pela entrevista concedida e te deseja luz em sua caminhada, grandes experiências que estão por vir e longevidade em sua carreira. Sucesso, ícone! <3

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