Cazaquistão: protestos acontecem com aumento de preços

O Cazaquistão está entrando em sua terceira semana de protestos violentos com o aumento dos produtos de manutenção do custo de vida

Localizado na Ásia Central, o Cazaquistão é considerado há 3 décadas o país com maior economia do continente, além de ser o mais estável. Mesmo estando no 9º lugar do ranking dos maiores países do mundo em relação ao seu território, a população do Cazaquistão ainda é considerada pequena, com cerca de 20 milhões de habitantes.

Foi em 1991 que o país tornou-se independente, porque anteriormente ele era uma república da União Soviética. E, desde a sua independência só houve, em sua história, apenas dois presidentes. Nursultan Nazarbayev comandou o país por mais de 20 anos, e em 2019 passou o cargo da presidência para seu sucessor, Kassym-Jomart Tokayev. A política do país não é democrática, da forma que conhecemos em outros países, após a independência, o Cazaquistão entrou em uma ditadura que dura até os dias de hoje.

O título de uma das maiores economias da Ásia Central é referente à produção e exportação de pretóleo e gás natural. Além de produzir urânio e ser um dos maiores no setor da criptomoeda.

Mas o que está acontecendo agora no país?

No dia 2 de janeiro, o primeiro domingo do ano de 2022, a população começou a ir ás ruas na capital do país, em Almaty, para protestar sobre o aumento dos preços dos produtos de manutenção diária. A maior reinvidicação é o exorbitante aumento do combustível, o GLP. Mas, os protestos que começaram pacíficos tornaram-se bastante violentos com a presença da força armada nas ruas. Segundo a agência de notícias France Presse, as autoridades cazaques anunciaram no sábado (15) que até o momento os protestos tinha resultado a morte de 225 pessoas, sendo 19 das forças armadas.

Na imagem, policiais cazaques estão detendo um protestante no Cazaquistão. (Imagem: Pavel Mikheyev/Reuters)

O presidente do país, Kassym-Jomart Tokayev, pediu ajuda para Vladmir Putin, presidente Rússia, que enviou 3 mil soldados para fazer o reforço durante os protestos. Vale ressaltar que o Cazaquistão é um país que tem fronteira com a Rússia e China, e tem um relacionamento diplomático bom com os dois países.

Tokayev anunciou que o país entrou em estado de emergência, e sendo assim, toques de recolher foram aplicados e a suspensão de reuniões governamentais. Uma briga política foi instalada também, porque o atual presidente cazaque acusou seu antecessor, Nursultan Nazarbayev, de ter colocado a fortuna do país na mão de poucos durante a sua gestão de décadas. Nazarbayev era, até então, o responsável pelo cargo da segurança nacional, mas foi demitido na quarta-feira (12) em uma tentativa de conter a irritação da população. Foi divulgado nas redes um vídeo em que manifestantes tentam derrubar uma estátua de bronze de Nazarbayev em uma praça da capital. Não é difícil imaginar porque Tokayev direcionou suas críticas ao antigo presidente do país, em um tentativa de estar na aceitação da população.

Os protestos estão perdendo sua força com o passar dos dias, mas ainda não está acabado. Vamos continuar acompanhando e como a geopolítica está se movimentando diante dos acontecimentos no Cazaquistão.

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