Metaverso e sustentabilidade: vão dar match?

O metaverso, ambiente de realidade 3D, está presente no Meta, o ambiente de suporte do Facebook

O metaverso, até o momento, está sendo o assunto do ano. Tudo isso ocorre porque cada vez mais as empresas, plataformas e jogos estão inserindo o seu mundo real no virtual, através de desfiles de moda, apresentação de projetos e muito mais. Se você caiu de paraquedas nesta matéria ou não sabe muito bem, fique tranquilo que vou te explicar.

O metaverso é o lugar onde a realidade física e a virtual estão se associando, transformando-se em um só. Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, é um dos grandes líderes tecnológicos que tem estão com o objetivo de criar uma rede virtual para que as pessoas comecem a realizar suas atividades de modo online, desde fazer compras até encontrar seus amigos para um date num bar. Totalmente virtual. Entretanto, engana-se quem pensa que o metaverso é algo pensado e falado há pouco tempo. O conceito desta realidade teve a sua primeira aparição com o escritor norte-americano Neal Stephenson, que em seu livro Snow Crash de 1992, descreveu um espaço “virtual coletivo compatível e convergente com a realidade”. E ainda na história, Neal descreveu que para que este mundo fosse acessado seria preciso o uso de óculos disponibilizados em terminais privados ou públicos.

E então você se pergunta, como a sustentabilidade e o metaverso acabam se cruzando? Pelo metaverso ser em uma realidade virtual, o primeiro pensamento que nos cerca é que deste modo seria um “lugar mais sustentável”, certo? Errado.

O metaverso, como qualquer outra coisa no mundo também emite gases do efeito estufa. Para se executar esta realidade virtual é preciso de datacenters, que são centro de processamento de dados, locais onde estão concentrados sistemas computacionais de uma empresa ou organização.

Segundo artigo publicado pelo World Institute of Sustainable Development Planner, escrito por Americana Chen, os serviços de tecnologia que incluem serviços de nuvem são responsáveis por aproximadamente 2% da emissão global de carbono, porcentagem igual ao setor de aviação.

O impacto do metaverso na emissão de CO² no futuro poderá ser cada vez maior, gerando mais emissões de carbono. Uma pesquisa feita pela Lancaster University prevê que 30% dos jogadores atuais migrarão para plataformas de jogos no metaverso até 2030, o que aumentará em 30% na emissão de carbono.

Pesquisas apontam que os acessórios para ter uma melhor experiência no metaverso, como óculos e headsets serão produtos cada vez mais acessíveis e viverão em constante evolução de processador e modelos. E, isso acabará gerando um maior fluxo de lixo eletrônico que poluirá os solos, água e aterros. O site Pensamento Verde publicou uma matéria sobre o metaverso e o impacto no meio ambiente, citando que o futuro dessa realidade é promissor e que a criação de softwares e hardwares com maior durabilidade diminuirá a quantidade de descartes.  

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