Confiança na urna eletrônica cresce em meio à ataques

Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, tem feito ataques as urnas eletrônicas que está gerando uma maior confiança por parte da população brasileira

A confiança dos brasileiros no sistema de votação brasileiro, feito através da urna eletrônica, tem aumentado cada vez. Os dados divulgados pela pesquisa da Datafolha feita entre quarta-feira (27) e quinta-feira (28), e segundo o levantamento 47% dos brasileiros afirmar confiar na urna. Enquanto isso, 32% dizem acreditar um pouco menos, e segundo o instituto, os dados geram 79% de credibilidade para o sistema.

A Datafolha é um dos institutos responsável pelas pesquisas de intenção de votos, confiança nas urnas e tudo relacionado ao cenário político.

Jair Bolsonaro, candidato à reeleição pela presidência, tem feito bastantes críticas as urnas eletrônicas desde a sua eleição. O evento mais recente foi no dia 18 de junho, segunda-feira, em uma reunião com embaixadores de vários países no Palácio da Alvorada. Durante o seu discurso, Bolsonaro voltou a repetir teorias a respeito da veracidade das urnas eletrônicas, sobre o processo eleitoral e deferiu novos ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Em seu discurso falou sobre a recusa do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) às sugestões das Forças Armadas de modificações no sistema eleitoral. “Por que um grupo de três pessoas apenas quer trazer instabilidade para o nosso país, não aceita nada das sugestões das Forças Armadas, que foram convidadas?”, declarou o presidente. O ataque foi feito diretamente ao presidente do TSE, Edson Fachin e aos ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso.

As declarações no encontro foram transmitidas pela TV Brasil e somente Bolsonaro falou durante todo o momento e recebido somente com silêncio por parte dos embaixadores.

A urna eletrônica passa por diversos testes de integridade antes, durante e depois dos dias de votação. O teste considerado mais importante é o que ocorre no dia da eleição nos Tribunais Regionais Eleitorais sob supervisão de uma auditoria externa. O teste de integridade simula uma votação normal e põe em consideração todas as circunstâncias que podem acontecer durante o pleito.

O teste de integridade teve início nas eleições de 2002 e neste ano completará 20 anos com novidades: mais urnas passarão pelo teste. Nos Estados com até 15.000 seções eleitorais, serão sorteadas ou escolhidas 20 seções eleitorais para serem submetidas ao procedimento.

Alguns estados transmitem os testes através de lives ao vivo em canais de mídias sociais dos tribunais regionais.