As metas sustentáveis acordadas por mais de 30 marcas fashion

No ano passado mais de 60 empresas assinaram o The Fashion Pact, acordo apresentado ao G7 e lançado pelo CEO da Kering, criando uma missão entre as empresas na indústria de moda e têxtil, incluindo seus fornecedores e distribuidores, todos comprometidos a diminuir seus impactos em três áreas essenciais: parar o aquecimento global, restaurar a biodiversidade e proteger os oceanos.

Chanel, Burberry, Adidas, Carrefour, Ralph Lauren, e outros grandes nomes, estão presentes no acordo que afirma que seus signatários representam cerca de um terço de toda a indústria. Todas estabeleceram uma serie de metas para amenizar o impacto da indústria da moda no meio ambiente que, de acordo com o relatório recente da Global Fashion Agenda, é responsável por cerca de 4% das emissões de gases de efeito estufa.

Sua primeira atualização publicada na segunda-feira anunciou ao todo sete metas avaliáveis e com prazo determinado. Essas incluíam atingir 50% de energia renovável até 2025 e 100% até 2030 em suas próprias operações, eliminar embalagens problemáticas e desnecessárias, garantir que pelo menos metade de outras embalagens de plástico tenha 100% de conteúdo reciclado até 2025 e apoiar o desmatamento zero e manejo florestal sustentável.

Considerando o cenário atual, o acordo chega em um momento de urgência cada vez maior, principalmente para a indústria da moda que já se provou ser um grande contribuinte para a crise ambiental. “Estamos em um prazo urgente, precisamos mostrar que temos impacto e precisamos agir agora”, disse Eva von Alvensleben, diretora executiva e secretária geral do The Fashion Pact.

Foto: PDF Oficial

A coalizão atraiu um impressionante número de empresas, incluindo marcas de luxo como a Maison Chanel que dificilmente participa dessas iniciativas do setor. Uma das razões para o acordo ganhar ampla notoriedade, além do incentivo do governo, é a pressão social para uma maior consciência das empresas sob seus impactos e a noção de que nenhuma empresa pode enfrentar sozinha os desafios que o Pacto da Moda pretende enfrentar.

“É muito importante estarmos juntos; às vezes somos concorrentes, às vezes não estamos falando do mesmo tipo de produto, mas usamos os mesmos materiais”, disse Bruno Pavlovsky, presidente da Chanel. “Para mim, é uma nova responsabilidade e todos juntos temos que entender essa nova responsabilidade […] “Se você deseja existir em 20 anos e encarnar o luxo definitivo, para mim, não há dúvida de que devemos ser muito ativos nesses tópicos”

O cumprimento das metas da organização embora seja voluntário, será publicado atualizações de progresso em um painel público de indicadores-chave de desempenho. No momento a organização está focada em acelerar os esforços existentes enquanto apresenta as metas para os setores menos desenvolvidos, como o impacto da moda na biodiversidade.

As questões ambientais que obscurecem nosso futuro são tais que
eles não podem ser tratados sozinhos. Por este motivo, a Prada S.p.A.
aderiu com entusiasmo ao The Fashion Pact, que representa
um exemplo perfeito do multilateralismo de hoje. O espírito deste
coalizão é baseada na conscientização, cooperação e solidariedade em um nível internacional, transcendendo os interesses locais e perseguindo
o bem comum da humanidade para esta e as futuras gerações.
Então, o que devemos fazer? Precisamos tecer uma rede para
conectar os muitos oásis de fraternidade que existem no mundo. ”

Carlo Mazzi, Prada S.p.A

Tudo que o pacto representa pode ser encontrado no PDF que está no site oficial além de mais informações e a lista completa de signatários.

Fonte: BoF e Site Oficial

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