#Conheça – O pintor John William Godward

Vocês se lembram do pintor inglês que foi citado como uma referência para a cantora MARINA em seu clipe ”Man’s World”? Se a resposta for ”não”, clique aqui e dê uma olhadinha na matéria que está in-crí-vel. Agora, se a sua resposta for ”sim”, fique aqui comigo. Eu preciso te apresentar um dos pintores mais delicados que já pisou nessa terra.

Mas então, quem é o tal pintor inglês?

Seu nome é John William Godward. Nasceu no dia 09 de agosto de 1861. Ele foi um pintor inglês neoclassicista vitoriano. Um seguidor da teoria de Frederic Leighton, porém tornou-se um aliado ao Sir Lawrence Alma-Tadema, um dos mais importantes pintores e desenhistas do neoclassicismo europeu.

Porém, nem tudo são flores…

Os trabalhos de Godward foram perdendo força e principalmente a atenção do público por conta de chegada de novos artistas e movimentos artísticos, como por exemplo, o Picasso. O pintor apresentou os seus trabalhos na Royal Academy em 1887. Em 1912, se mudou para a Itália com uma de suas modelos. Aí é que começa o babado. A sua família não o apoiava como artista. E ao terem conhecimento deste fato, pegaram todas as imagens de fotos de família do pintor e cortaram. Agora vocês percebem porque na foto acima a legenda está como ”suposto autorretrato”? 😉

Ele voltou para a Inglaterra em 1919 e faleceu em 1922. O seu corpo foi sepultado no Brompton Cemetery, zona oeste de Londres, sua cidade natal.

Agora vamos as pinturas!

John era conhecido por representar em suas pinturas mulheres seminuas ou totalmente nuas, com roupas clássicas e em ambientes contendo detalhes de mármore e tecido, típicos da Roma e da Grécia, e mergulhado em um mundo romantizado e idealizado. O pintor foi considerado pelos recém-chegados como pré-rafaelita, por sua paleta conter cores vibrantes e pela presença de tantas mulheres em seus quadros.

Cada artista busca a sua própria identidade e busca expressá-la através de sua arte. O que não foi diferente com John. Com o intuito de que suas obras tivessem uma marca de autenticidade, o pintor estudou detalhes como arquitetura e vestimenta.

A fama chega para todos!

A pintura mais famosa de John William tem como nome Dolce Far Niente, de 1904. Porém, esta é uma versão de uma mais antiga da mesma pintura, de 1897.

Agora reparem comigo!

Há uma filosofia moderna chamada ”arte pela arte”, onde afirma a crença de que a arte está na qualidade de sua estética e não em seu tema.

Ao visualizar essas imagens vocês concordam comigo que um aspecto que nos atrai à atenção são os detalhes? O modo como os tecidos das roupas eram feitos, o cuidado ao retratar a suavidade destas peles, e mais ainda, uma estética que nos leva ao imaginário do ”idealizado”, daquilo que as nossas emoções conseguem identificar, através de um impacto gerado por uma forte emoção. Isso é arte!

Toda esta delicadeza pode ser observada com a pintura A Pompeian Lady, de 1916. Nota-se que o pintor associou a donzela à cidade, o que inspirou artistas do século XIX.

Caso você, assim como eu, tenha se encantado pelas obras de John W. Godward, clique aqui e confira as mais variadas criações deste pintor que, apesar de já descansar em paz, nos deixou grandes obras primas para serem contempladas, detalhes a serem admirados e a marca de um artista que merece todo o reconhecimento e aclamação.