Cúpula do clima com 40 chefes de Estado

O evento virtual organizado pelos EUA reuniram durante dois dias (22 e 23 de abril) líderes mundiais para debater sobre o clima do mundo

A cúpula do clima, realizado pelos Estados Unidos reuniu 40 chefes de Estado do mundo inteiro para descobrir quais novas medidas e metas serão adotadas pelos países para combater a emissão de carbono e a mudança climática. Jair Bolsonaro foi um dos que discursou no evento.

Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, convidou no dia 26 de marços líderes mundiais para uma reunião online intitulada de “A Cúpula do Clima” que teve a intenção de ser uma preparação para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP26. Entre a lista de convidados para discursar estava: Jair Bolsonaro, Angela Merkel, Emmanuel Macron, Naerenda Modri, Vladmir Putin e muitos outros.

A abertura do evento ficou por conta de Kamala Harris, vice-presidente dos EUA, que destacou a importância das nações trabalharem juntas para a preservação do meio ambiente. Biden, ao discursar reiterou que os EUA estão fazendo pouco e anunciou que o país tem o compromisso de reduzir 50% das emissões de poluentes até 2030. Vale lembrar que, a campanha de Biden foi muito voltada para as causas ambientais, e que as suas promessas eram fazer o país voltar para os Acordos ambientais, como o de Paris, no qual Trump retirou o país na época de seu governo.

Joe Biden na Cúpula do Clima assistindo ao discurso de outros líderes mundiais.
(Imagem: Reprodução)

Um dos discursos que mais causavam ansiedade era o de Jair Bolsonaro, presidente do Brasil, que tem um caminho em seu governo de pouca preservação ambiental ao país e uma tendência ao agronegócio como sua prioridade. Mas, como o 19º líder a discursar o tom de Bolsonaro foi mais apaziguador e, segundo especialistas, o Presidente procurou divulgar novas metas ambientais para o país. O presidente se comprometeu em zerar o desmatamento ilegal até 2030, o que, segundo sua gestão, significará uma redução de quase 50% nas emissões brasileiras. Além disso, acompanhou os EUA na antecipação da meta brasileira de neutralidade climática, de 2060 a 2050. Entretanto, o país saiu do evento do mesmo jeito que entrou: desacreditado. A imprensa internacional destacou que muitos líderes mundiais não acreditaram nas palavras e nas promessas de Bolsonaro, e que agora ele busca aliados no cenário internacional,visto que apoiar Donald Trump nas últimas eleições e dizer que poderiam haver fraudes nas eleições americanas – o que já foi comprovado que não teve – , o presidente não tem muitos líderes à seu favor.

É importante frisar que, um dia após discursar na Cúpula do Clima afirmando ter aumentado os recursos financeiros para a preservação ambiental, foi divulgado no Diário da União na sexta-feira (23) que o presidente oficializou o corte de recursos para a área relacionada a mudanças no clima.

Durante seu discurso de encerramente, Joe Biden disse que ficou muito contente com os pronunciamentos dos chefes da América do Sul, mas completou dizendo que espera mais do que apenas palavras.

Uma observação importante a ser feita das diversas promessas e compromissos feitos pelos líderes são as datas. Muitos colocam suas metas até 20 anos ou mais, e é importante destacar que a maioria dos governos durante cerca de 4 anos. Portanto, neste momento, alguns poderão ser reeleitos ou não, é importante frisar que a “culpa” de metas não cumpridas cairá sobre os governos futuros. E não daqueles que prometaram.

Confira o discurso do Presidente Jair Bolsonaro na Cúpula do Clima de 2021 aqui.

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