Entrevista | Conheça a ONG Grandes A(l)titudes

A ONG Grandes A(l)titudes integra conhecimento e solidariedade desde 2015. Os membros ajudam crianças e adolescentes de escolas públicas com dificuldades, dando monitorias, vídeo aulas, disponibilizando resumos e questionários sobre conteúdos cobrados em provas de vestibular

Para entendermos um pouco mais o conceito do projeto, vamos começar pelo nome. O presidente diz que “Grandes A(l)titudes” surgiu na aula de literatura, quando estava aprendendo sobre a terceira geração do romantismo, a geração condoreira. Condor é uma espécie de ave que voa a grandes altitudes, isso na época expressava o desejo de renovação do brasileiro. Surge daí, o nome e o propósito do projeto.

Inicialmente, era apenas um pequeno projeto do estudante Vinícius. Ele oferecia ajuda de monitoria para alunos batendo na porta de escolas da região. A primeira escola que ele ajudou foi a Júlio de Castilhos, na zona sul do Rio de Janeiro, por ser mais próximo de onde estudava. E nesse processo ficaram por 1 ano.

Depois de um tempo, Vinicius resolveu chamar alguns amigos para ajudá-lo nas aulas, cada membro daria aula de uma matéria para um grupo de alunos. Com isso, expandiram para outra escola, e assim foi ganhando forma com dezenas de pessoas ajudando.

Após alguns anos, decidiram entrar para Prêmio Prudential Espírito Comunitário, a versão brasileira do concurso de reconhecimento de jovens, baseado em serviço comunitário voluntário.  Em 2018, eles ganharam o prêmio e também foram até os Estados Unidos participar da celebração. A ONG teve seu ápice em forma presencial com essa vitória, chegando a abrir 3 turmas com dezenas de alunos.

Vinícius recebe medalha de reconhecimento internacional nos Estados Unidos
| Foto: Arquivo Pessoal

“O projeto nunca foi algo de “um manda e o outro obedece”, senti muito isso quando eu entrei”

disse Antonio Bergallo, um dos coordenadores do projeto.
NA PANDEMIA

Os primeiros meses foram de pura incerteza, até que em maio, decidiram começar tudo de forma 100% online. Porém, não era todo mundo que tinha um acesso fácil à internet. Por isso, fizeram muito uso do Instagram para compartilhar resumos e quizzes, por muitos planos de celular pré-pagos incluírem a rede social.

Quando começaram a fazer vídeo aulas, expandiram para o Brasil inteiro, ganhando uma participação bem grandes de pessoas de outros estados. Mas ainda sim, continuavam a enfrentar problemas. Eles tinham que ter pessoas dispostas a gravar vídeos e, por isso, chegaram a criar uma operação que ensinasse os coordenadores a gravar.

Apesar de tudo, a ONG recebia várias mensagens de carinho de pessoas que não tinham condição de pagar um estudo de qualidade, e conseguiram estudar por causa do projeto. Eles também receberam ajuda de professores, que começaram a gravar aulas para cooperar com o projeto.

“É um projeto de alunos para alunos”

diz Antonio Bergallo.

Agora na pandemia, a ONG está focada em trabalhar com vestibulandos, pois o projeto com crianças serve mais para o presencial, pois atingir esse o público é um pouco mais difícil por conta, muitas vezes, da burocracia que há.

Vídeo chamada de membros da ONG | Foto: Arquivo Pessoal

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