Ex-presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, é presa

Na manhã deste sábadp (13), a ex-presidente da Bolívia, Jeanine Áñez foi presa em sua casa localizada em Trindad, acusada de “terrorismo, sedição e conspiração”.

Áñez assumiu a presidência da Bolívia como interina em 2019, após a renúncia de Evo Morales que havia sido eleito pela quarta vez. Toda a confusão política boliviana começou quando Evo, ao ser eleito pela quarta vez começou a ser acusado de fraude nas eleições pela oposição conservadora. Segundo a Constituição da Bolívia, o presidente só pode ser eleito por duas vezes seguidas. No meio de 2019, começou as acusações de ambas os lados politicos e a guerra nas ruas.

A tese do golpe de Estado, defendida pelo atual governante boliviano(que é da mesma chapa de Morales), é afirmada por setores da oposição que apontam que, em 2019, houve uma fraude nas eleições presidenciais. Evo Morales participou das eleições de outubro de 2019 com o objetivo de alcançar o quarto mandato presidencial consecutivo. Essa decisão foi questionada desde o início pelos seus opositores, que apontaram que isso era proibido pela Constituição e foi rejeitado pela população.

Após a votação, na qual Morales foi confirmado vencedor, uma série de denúncias sobre irregularidades no dia da eleição geraram protestos que duraram três semanas. O então presidente reagiu pedindo a seus seguidores que defendessem nas ruas sua vitória eleitoral, fazendo com que os dois lados paralisassem várias das principais cidades do país. Após muitos protesto, o alto comando das Forças Armadas sugeriram que Morales renunciasse. Em 10 de novembro, horas após a divulgação de um relatório preliminar no qual a OEA disse que os resultados das eleições não eram confiáveis, Morales renunciou ao cargo.

Agora, Jeanine e outros cinco ex-ministros da época de seu governo são acusados de planejarem o golpe de Estado, e tem mandatos de prisão. A ex-presidente foi presa na cidade de Trinidad e segundo policiais, foi encontrada escondida dentro de uma cama box.

Ex-presidente interina, Jeanine Áñez, é presa acusada de golpe de Estado.
(Imagem: CBRI/Télam)

Em suas redes sociais, Jeanine disse que sua prisão era um abusoe fruto de perseguição política do partido MAS. “Sou acusada de ter participado de um golpe que nunca aconteceu. Minhas orações pela Bolívia e por todos os bolvianos”, disse.

Para saber mais quais são os cargos de ministro, como citados na matéria acima, veja uma explicação que fizemos em edições passadas.

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