Rússia e Ucrânia: entenda o conflito
A chegada de soldados russos às fronteiras ucranianas já estão dando indícios dos planos de Vladmir Putin na tensão entre Rússia e Ucrânia
As tensões do mundo inteiro se viraram para a Ucrânia desde que 100 mil soldados russos estacionaram nas fronteiras do país, que há algumas décadas atrás era parte da Rússia. A briga entre a Ucrânia e a antiga União Soviética não é recente, mas pode-se dizer que o momento de maior tensão até os dias de hoje foi na disputa pela Criméia.
O conflito entre Rússia e Ucrânia em 2014 pode ser chamado de “Anexação da Crimeia”. Mas, para entender melhor é bom voltarmos um pouco no tempo, mais precisamente em 1991 com a dissolução da União Soviética, porque nesta época, a Ucrânia e a Crimeia ainda eram anexadas à URSS, atual Rússia. Com o fim da União Soviética, a Ucrânia tornou-se uma república, declarando sua independência e a Crimeia pertencia a este território. Pelos anos seguintes, a Rússia alegava que a anexação da Crimeia á Ucrânia era ilegal, e argumentava que a maioria da população crimeiana era de origem russa, tendo eles como sua língua nativa. Vale lembrar que Vladmir Putin assumiu a presidência da Rússia em 2000, onde segue deste então. Foi em 2013 que a Crimeia declarou independência da Ucrânia, após o seu atual presidente da época fugir para a Rússia. É claro que após isso a adesão da região à Rússia foi instântanea.
A Rússia é um país grande, mas não tem nenhum oceano ao redor do seu país que seja possível fazer as suas transições marítimas, porque o Mar de Azov em grande parte do ano está congelado devido a baixa temperatura. O interesse pela Criméia sempre foi para ter acesso total ao Mar Negro.
O fator importante no momento a se considerar para a tensão entre Rússia e Ucrânia é que o segundo país, por estar mais localizado no coração da Europa já demonstrou e tem demonstrado cada vez mais em fazer parte da OTAN! Para quem não sabe, a OTAN é um aliança militar intergovernamental chamado de “Organização do Tratado do Atlântico Norte” que foi assinado em 1949 e garantes aos países membros (localizados na América do Norte e na Europa) uma fidelização em bloco, além de parcerias econômicas e ajudas. No ditado popular significa “Se mexer com alguém da OTAN, mexeu com todos!”. Sabe por que a entrada da Ucrânia na OTAN preocupa tanto, Putin? Porque não é de hoje que o presidente da Rússia diz que os Estados Unidos influencia e age “debaixo dos panos” para derrubar o seu país, e o EUA faz parte da OTAN, o que para ele, significa deixar o país mais perto da Rússia.
Mas é preciso entender o porquê da Ucrânia também estar tão interessada assim em se inserir na OTAN, para isso devemos relembrar, novamente, de tempos atrás… O fim da União Soviética foi exatamente depois da Guerra Fria, um conflito em que dividiu o mundo entre apoiadores dos Estados Unidos e apoiadores da União Soviética. Após a independência da Ucrânia, como já dissemos lá em cima, foi feito um acordo entre Reino Unido, Estados Unidos, Rússia e Ucrânia. O acordo consistia na promessa de não haver mais produção e ataques nucleares de nenhum deles, uma informação importante a ser destacada é que a Ucrânia era o terceiro país do mundo com o maior arsenal nuclear já existente. É claro que ela cumpriu o acordo se desfez de seu armazenamento. Por isso que, durante os conflitos atuais, a entrada na OTAN garantiria à Ucrânia uma proteção que ela não pode ter sozinha.
Joe Biden, atual presidente dos Estados Unidos, já garantiu que não irá atacar diretamente a Rússia, mas algumas ajudas já são enviadas a Ucrânia, além de ordens para que os embaixadores americanos voltem imediatamente aos EUA. O Reino Unidos -país presente na OTAN- tem sugerido conversas entre as partes, na tentativa de amenizar os ânimos. Fato é que as tropas russas continuam na fronteira e as únicas exigências feitas pela Rússia é uma garantia formal da OTAN de que não inserirá a Ucrânia e a Germânia ao seu bloco.
Parece que esse conflito ainda está longe do fim, e nós continuaremos acompanhando tudo por aqui!